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  • Isabella Mirindiba

PARTE 1 - As Cores e Suas Teorias

Há um tempo atrás já falei sobre a influência que as cores têm em algumas culturas, mas hoje, vou abordar um assunto que pode servir de complemento àquilo que já conversamos. Para você que ainda não leu este post ao qual me refiro, vou deixar o link lá no final, pode ser?


Provavelmente, você já se aventurou a brincar com tintas em uma aula de artes, nem que fosse no período de sua infância. Ao misturar duas cores, uma nova se formava e assim, você conseguia pintar as várias partes de um desenho. Essa atividade por um momento considerada infantil, levava consigo muitas informações sobre cores que naquele momento você não poderia imaginar.


Leonardo da Vinci (1452-1519), em meio às suas pinturas, notou que todas as cores poderiam se formar a partir do azul, amarelo e vermelho (tons primários) e que ao utilizar preto e branco ele criava as sombras e a luzes de seus quadros. Desta forma, chegou à conclusão de que os tons primários eram a origem das cores e o preto e o branco eram pontos extremos de luz.


Assim como da Vinci, ao observar um feixe de luz passar por um prisma e se dividir em sete cores, Isaac Newton (1643-1727) criou a Teoria da Cor e Luz. Ao fazer esta observação, ele percebeu alguns conceitos de luz e sombra, mas principalmente da reflexão e refração da luz. Assim sendo, pode-se concluir que as cores compõem a luz e ela pode ser refletida ou absorvida por uma superfície.


Figura 1: Isaac Newton e a Teoria da Cor e Luz


Um pouco mais adiante na história, o escritor Goethe (1749-1832) notou que as cores poderiam transmitir "energia". Ele acreditava que as cores estavam diretamente ligadas a sensações e que poderiam nos dar informações sobre nossos sentimentos. Ele criou um círculo cromático e a cada uma atrelou uma característica. Em seu entendimento, ao observarmos uma cor, teríamos uma sensação diferente. Suas observações demonstram que as cores são mais do que um fenômeno físico, mas também psicológico.


Figura 2: O Círculo Cromático de Goethe


Chevreul (1786-1889) também contribuiu para o nosso entendimento sobre o assunto com sua Lei do Contraste Simultâneo das Cores. Ele notou que as cores quando postas próximas ao rosto traziam vivacidade ou opacidade à pele e os cabelos. Essa observação faz referência à harmonia cromática. Quando nossos olhos vêem uma cor, eles tendem a buscar um tom que complemente aquela cor, buscando assim, a harmonia cromática. Nossos olhos comparam cores que estão próximas na tentativa de buscar uma harmonia visual, ou seja, uma cor pode se tornar mais ou menos vivaz ao ser exposta a cores diferentes.


Em um teste de coloração pessoal, tecidos coloridos são colocados próximos ao rosto de uma pessoa para determinar as melhores cores para aquele indivíduo. Isso tudo baseado na Lei do Contraste Simultâneo de Chevreul. Portanto, o que podemos entender aqui é que as cores podem sofrer alterações visuais quando vistas em conjunto ou sozinhas. Abaixo vocês podem notar como as cores centrais se tornam mais ou menos evidentes dependendo do fundo em que elas se encontram.


Figura 3: Contraste Simultâneo das Cores


CONTINUA NA PARTE 2

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